Treinamento Resistido Para Membros Inferiores: Estudo de Caso Comparativo do Dispêndio Calórico Entre Prescrição Tradicional e com Restrição de Fluxo Sanguíneo.

Por: Anderson Geremias Macedo, Dalton Muller Pessoa Filho, Eduardo Lessa Cesar Wittee e Larissa Takehana.

XI CIEFMH e XVII SPEF XI Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e XVII Simpósio Paulista de Educação Física

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Resumo

O treinamento resistido (TR) é um exercício que contribui para alterações da composição corporal pelo aumento da massa magra corporal. Porém, o papel de TR na redução da massa gorda corporal requer estudos que comprovem sua efetividade, em variados modos de prescrição, de promover um dispêndio calórico (DC) elevado. O treinamento com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) é um procedimento capaz de estimular uma demanda energética de fontes anaeróbias durante a execução de exercícios com baixa intensidade de carga e, por isso, vem demonstrando efetividade sobre as alterações de força e massa muscular, mas não há informações sobre DC com esse tipo de estratégia. Se as alterações de força e massa muscular tendem a ser similares entre TR convencional (alta intensidade de carga - TRHigh_Conv) e TR com intensidade baixa de carga mais RFS (TRLow_RFS), então o objetivo foi comparar GC, em carácter experimental, durante uma sessão aguda de TRLow_RFS e TRHigh_Conv envolvendo apenas exercícios para membros inferiores, inferindo que RFL demandaria maior DC por maior estímulo energético anaeróbio. Três jovens treinados do sexo masculino (25,6 ± 3,5 anos de idade, 93,3 ± 10,5 kg de peso corporal, 181,1 ± 8,2 cm de estatura e 19,7 ± 1,8 % de gordura corporal) foram avaliados pelo teste de uma repetição máxima (1RM) para determinar a força muscular. Os exercícios avaliados foram cadeira extensora (CE), mesa flexora (MF), leg press 45º (LP) e panturrilha no hack (PH). A partir de 1RM, os protocolos de TR foram estruturados em TRLow_RFS com 30% 1RM e TRHigh_Conv 70% 1RM. Em TRLow_RFS, realizou-se três séries, 15 repetições, 30 segundos de pausa entre as séries e três minutos pausa entre cada exercício. Na sessão TRHigh_Conv, realizou-se três séries, 12 repetições, 60 segundos de pausa entre as séries e dois minutos de pausa entre cada exercício. O valor de GC (kcal×min-1 ) foi calculado pela equação [(3,941×V̇ O2) + (1,106×V̇ CO2)], empregando a resposta de V̇ O2 e V̇ CO2 obtidos respiração-a-respiração durante cada TR por uma unidade CPET portátil (K4b2 , Cosmed). Os valores de GC para cada exercício foram comparados quanto ao efeito de cada intervenção por Kruskal-Wallis, adotando-se p ≤ 0,05 para o nível de significância. Os resultados demonstraram que GC durante os exercícios de TRLow_RFS (CE: 18,9 ± 6,6 kcal×min-1 ; MF: 16,5 ± 4,6 kcal×min-1 ; LG: 16,1 ± 5,0 kcal×min-1 e PH: 9,0 ± 4,0 kcal×min-1 ) não apresentaram diferenças quanto à execução destes mesmos exercícios em TRHigh_Conv (CE: 16,7 ± 4,2 kcal×min-1 ; MF: 9,7 ± 3,5 kcal×min-1 ; LP: 14,0 ± 8,8 kcal×min-1 e PH: 8,6 ± 5,4 kcal×min-1 ), com ranque médio de 14,0 (TRLow_RFS) e 11,0 (TRHigh_Conv) e significância p = 0,299. Portanto, conclui-se que a intervenção por TRLow_RFS demanda efeito similar à TRHigh_Conv sobre GC, mas a execução com baixa intensidade de carga tende a favorecer o engajamento por oferecer menor risco à praticantes inexperientes, ou em processo terapêutico, e assim maior versatilidade prática.

Endereço: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/52976

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