Modelo Experimental Para o Estudo da Interação Entre Metabolismo da Glicose e dos ácidos Graxos Livres no Exercício em Condição de Hiperlipemia
Por: Clarice Yoshiko Sibuya, Claudio Alexandre Gobatto e Maria Alice Rostom de Mello.Revista Brasileira Atividade Física & Saúde - v.6 - n.1 - 2001
Resumo
Este estudo foi delineado para desenvolver um modelo animal de hiperlipemia crônica, independente de manipulação dietética, visando análise da interação metabólica glicose/ácidos graxos livres (AGL) no exercício. Ratos com 60 dias foram separados em 4 grupos e tratados por 6 semanas. Sedentário/Heparina- receberam diariamente uma aplicação de heparina (250 U/kg), para elevar os AGL circulantes; Sedentário/Salina - receberam diariamente uma aplicação de salina (NaCI 0.9%); Treinado/Heparina - receberam heparina e foram submetidos a natação, 1h/dia, 5 dias/semana, com sobrecarga de 5% p.c. e Treinado/Salina- receberam salina e foram submetidos a natação. Os animais "heparina" apresentaram AGL séricos elevados durante parte do dia Glicose e insulina basais no soro e insulina no pâncreas foram semelhantes para todos os grupos. Glicogênio do músculo sóleo foi maior nos treinados que nos sedentários. Durante teste de tolerância a glicose os animais "heparina" apresentaram área sob a curva de insulina superior e área sob a curva de glicose semelhante às dos "salina". Durante teste de tolerância á insulina, a taxa de remoção da glicose sérica dos ratos "heparina" foi inferior á dos "salina". A presença de AGL não afetou a depleção do glicogênio do músculo sóleo isolado em nenhum grupo. Em resumo, os efeitos crônicos da elevação da disponibilidade de AGL alteraram a utilização periférica de glicose enquanto que o aumento agudo não o fez. 0 modelo parece viável para estudos da interação metabólica glicose /AGL no exercício.
Endereço: http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBAFS/article/view/917