A Organização da Disciplina Estudos Olímpicos e Pesquisa Social (ufjf/gv, 2020-2021)

Por: Igor Maciel da Silva.

Anais do Fórum de Estudos Olímpicos 2021 e III Simpósio Latino-americano Pierre de Coubertin.

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Resumo

Os Estudos Olímpicos viabilizam debates amplos sobre esporte, política, gênero, raça, diversidade etc., oportunizando formações menos tecnicistas na graduação em Educação Física (Bacharelado ou Licenciatura). A Educação Física é carente de discussões sobre os Estudos Olímpicos e de disciplinas dedicadas à temática. A exemplo de Minas Gerais (Brasil), somente duas entre onze universidades federais ofertam disciplinas do gênero, sendo obrigatória na Universidade Federal de Lavras e eletiva na Universidade Federal de Juiz de Fora-Campus Governador Valadares (UFJF/GV). Ainda que ao longo das formações, o/a discente tenha conhecimento sobre diversas modalidades esportivas, a carga horária, as escolhas docentes e as ausências de debates sobre o assunto na formação dos docentes podem inviabilizar a discussão sobre o tema/ fenômeno/megaevento. Nesse sentido, compartilha-se a organização da disciplina Estudos Olímpicos e Pesquisa Social da UFJF/GV, entre os anos de 2020 e 2021, com o objetivo de fomentar a organização de disciplinas análogas. Ofertada de modo remoto devido a instauração da pandemia de COVID-19, o plano de ensino apresenta os seguintes tópicos divididos em 45 horas teóricas: 1) História e valores olímpicos. 2) Comitê Olímpico Internacional e seus desdobramentos. 3) Símbolos e modalidades. 4) Jogos Olímpicos de Verão, Jogos Olímpicos de Inverno e Jogos Paralímpicos. 5) Mulheres. 6) Racismo. 7) Mídia e política. 8) Brasil nos Jogos Olímpicos. 9) Doping. 10) Tóquio 2020. Algumas considerações: 1) As produções da professora Kátia Rubio são expressivas no que tange a história e periodização do movimento olímpico. 2) O conteúdo fílmico qualificou o entendimento da transdisciplinariedade do tema: "Olympia"; "Nadia Comaneci: a ginasta e o ditador"; "A valsa do pódio"; e documentários sobre Aída dos Santos, Wanda dos Santos e Irenice Rodrigues. 3) O conteúdo foi bem recebido pelos/as matriculados/as que se mostraram surpresos/as pela riqueza e possibilidades de discussões das modalidades esportivas ofertadas no curso pelo viés olímpico. 4) Ainda que as expressões do movimento olímpico e paralímpico tenham sido apresentadas em separado, reconheceu-se a importância de conectar experiências, por exemplo, no tópico mulheres, em que foi discutida a trajetória de Nadia Comaneci (olímpica) e de Terezinha Guilhermina (paralímpica) em mesma aula.

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